Hoje compartilho contigo uma história das que vou catando por aí. Essa, encontrei vasculhando velhos arquivos, e mais do que nunca ela cala fundo. A conheci ouvindo as histórias de Osho. Histórias de sabedoria.
“O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e aí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem.”
João Guimarães Rosa
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem.”
João Guimarães Rosa
Conta-se que antes de um rio desaguar no
oceano, ele treme de medo, vacila, reluta mesmo. Num movimento quase
desesperado, olha para trás para toda a sua jornada. Olha os topos, as
montanhas, o caminho interminável e sinuoso em meio às florestas, os povoados e
as planícies e só enxerga diante de si, bem à sua frente, um oceano.
Um oceano tão vasto, que a assustadora
ideia de entrar nele, parece significar desaparecer para sempre. Sempre. Mas
não há outro jeito, não há outra possibilidade.
Um rio não pode voltar. Ninguém! pode
voltar.
Nessa existência, a volta é impossível.
A nós, só é permitido o ir em frente.
Mesmo vacilante, o rio precisa se
arriscar e se jogar no oceano, se misturar a ele. Somente quando ele entra no
oceano é que percebe que já não há medo. Alívio. Porque só então, o rio entenderá
que não se trata de se perder no oceano, mas de tornar-se oceano. Por um lado é
perder-se e por outro é renascer.
E assim somos nós, também. Só nos resta
ir em frente e nos arriscar a renascer como oceanos. Como diria Guimarães,
coragem é o que a vida quer de nós.
Avance firme na direção do Oceano que é
você!
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