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domingo, 12 de agosto de 2012

“Eles passarão... eu passarinho”



        Quando conheci o Paulo, aquele do Bolinho de chuva, lembra?, ele me deu de presente dois outros livros. Quem não lembra pode passear entre os Poemas no Balaio, que encontrará lá uma postagem sobre esse livro dele. Pois sim, um dos livros era dele, que daqui a pouco vamos conhecer também, e o outro do Mario Quintana, “Lili inventa o mundo”, que é um livro de poemas de criança. E são alguns dos poemas desse livro, que trago hoje para embelezar o Balaio. Fiquei em dúvida quanto ao título da postagem. Pensei que poderia ser “Poemas fotografados”, já que todos estão fotografados, para a gente apreciar as ilustrações. Mas depois não resisti a usar a combinação mais linda dessas quatro palavras: eu, eles, passarão e passarinho, de autoria desse Poeta. Desejo a você uma semana bem poética e ilustrada. E para contribuir com esse desejo mais uma postagem de Poemas no Balaio, que também é uma sugestão de livro infantil, caso você esteja procurando algum.






















A CONFIÇÃO TRANSFIGURADA PELA ARTE
            Pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo. Nunca escrevi uma vírgula que não fosse confissão. (...) Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906, no rigor do inverno, temperatura: 
1 grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava complexado, pois achava que não estava pronto. Até que descobri que alguém tão completo como Sir Winston Churchil nascera prematuro. (...) Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que nunca acho que escrevi a minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de autossuperação. Um poeta sitisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! Sou é caladão, introspectivo.
              
               Mario Quintana ingressou no jornalismo em 1928, n’O Estado do Rio Grande do Sul. Mudou-se para o Rio de Janeiro, depois de ter participado da Revolução de 1930, retornando a Porto Alegre em 1936, onde trabalhou na Livraria do Globo (futura Editora Globo), traduzindo grandes nomes da prosa e da poesia internacional. No Correio do Povo tornou-se o grande cronista de Porto Alegre, cidade que muito amou até sua morte em 1994. 
 
 
OBS: A foto de Mario Quintana é de Dulce Helfer e a arte de Eduardo Okuno

2 comentários:

  1. É sempre de deliciar-se, vir aqui, "tem do bom e do melhor", nesse Balaio!

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    1. Ahhhh... "do bom e do melhor" são sempre seus comentários, querida.Obrigada pela visita.
      um beijo.

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