O livro passou a semana me fazendo companhia. Foi aí que pensei que seria legal inventar mais um tipo de mercadoria para oferecer no Balaio. Como me falta criatividade para títulos, fica assim mesmo, até que alguém se digne a sugerir algum melhor: Poemas no Balaio. E para começar, conto o que li de Leminski. Pensei em escrever uma breve biografia, mas desisti com a intenção de que essa postagem seja bem curtinha, para compensar as anteriores (rs). Quem achar que uma nanobiografia pode ser interessante, por favor, comente e providenciarei para a próxima.
Essa postagem eu gostaria de dedicar especialmente aos estudantes do Centro dos Retalhistas, que têm trabalhado o material postado aqui. Aliás, é das ou dos retalhistas? Bom, vejam o que esse cara é capaz de fazer com a língua, quer dizer, com o português, ou melhor, com a nossa língua portuguesa. Desisto de evitar os trocadilhos. Aproveitem!
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(do livro Caprichos e Relaxos. São Paulo, Brasiliense, 1983)
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POR UM LINDÉSIMO DE SEGUNDO
tudo em mim
anda amil
tudo assim
tudo por um fio
tudo feito
tudo estivesse no cio
tudo pisando macio
tudo psiu
tudo em minha volta
anda às tontas
como se as coisas
fossem todas
afinal de contas
tudo por um fio
tudo feito
tudo estivesse no cio
tudo pisando macio
tudo psiu
tudo em minha volta
anda às tontas
como se as coisas
fossem todas
afinal de contas
(do livro Distraídos Venceremos. São Paulo, Brasiliense, 1987)
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sossegue coração
ainda não é hora
a confusão prossegue
ainda não é hora
a confusão prossegue
sonhos a fora
calma calma
logo mais a gente goza
perto do osso
a carne é mais gostosa
calma calma
logo mais a gente goza
perto do osso
a carne é mais gostosa
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você está tão longe
que às vezes penso
que nem existo
nem fale em amor
que amor é isto
que às vezes penso
que nem existo
nem fale em amor
que amor é isto
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amar é um elo
entre o azul
e o amarelo
(do livro La Vie em Close. São Paulo, Brasiliense, 1991)
entre o azul
e o amarelo
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